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Ácido Lático é o responsável por aquela incômoda dor pós treino???

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ERRADO! Pois é, muitas pessoas acreditavam (e algumas ainda acreditam) que as dores musculares pó-treino eram causadas pelo aumento da produção de ácido lático. Mas, estudos científicos provam o contrário. A queimação que você sente durante o exercício físico é sim causada pelo ácido lático, porém, seu corpo elimina-o muito rapidamente. A realização de exercícios intensos está associada à alta produção de lactato e diminuição do pH dos músculos em exercício, podendo afetar o desempenho do indivíduo, visto que a redução do pH inibe diversas funções da célula muscular. Kirkendall (2003) diz que o acúmulo de íons de hidrogênio, sob a forma de ácido lático, afeta a excitabilidade das membranas, afetando o fluxo de cálcio, indispensável à contração muscular. Na realidade, o ácido lático é um combustível para seu músculo, e não um catabólito como se pensava. Em resumo, seu músculo produz ácido lático da glicose, que por sua vez é direcionado para a sua mitocôndria. Ent

TRAUMA NO QUADRÍCEPS (TOSTÃO OU PAULISTINHA)

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Uma lesão comum no futebol, tanto profissional quanto amador é a famosa paulistinha ou tostão (dependendo da região do país), mas cientificamente chama-se trauma direto no quadríceps. Pois bem, apesar de dolorosa e muitas vezes impedir a marcha e até mesmo o arco do movimento de flexão e extensão do joelho, essa lesão é relativamente simples de se tratar. Sempre obtive sucesso com a seguinte conduta: 1. Logo após a lesão, a primeira medida é a aplicação de gelo compresivo com o objetivo de analgesia e limitar a aumento do edema intramuscular. Interessante também o uso de relaxante muscular e analgésicos quando dor muito intensa. Também poderão ser usados o TENS para analgesia. Criomassagem com caneca de alumínio 2. O próximo passo será a fase de relaxamento desta musculatura. Inicia-se com gelo compresivo por 10 minutos e em seguida 10 minutos de criomassagem com auxilio de uma caneca de aluminio. Isso irá liberar a fáscia muscular e também provocar um melhor re

MÉTODOS DE RECUPERAÇÃO PÓS-EXERCÍCIO INTENSO

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Quando os cronogramas competitivos estão congestionadas, o processo de recuperação deve ser optimizado para as capacidades de desempenho a ser restaurada ao normal o mais rapidamente possível. Os procedimentos para facilitar os processos de recuperação deve iniciar imediatamente após o jogo ou treinamento. Os Métodos de Recuperação Pós Exercício Intenso (RPEI), seja o exercício um jogo de futebol, uma maratona, jogo de tênis, triatlo, enfim, qualquer esporte no qual a exigência física do atleta seja muito intensa, vem sofrendo mudanças e muitas vezes aplicados de modo contraditórios. Claro, que muitos estudos comprovam que técnica A ou B é a mais eficaz, mas tampouco nenhuma possui uma afirmativa e comprovação unânime. Portanto, fiz uma breve revisão bibliográfica para evidenciar na prática os métodos que para mim funcionam muito bem” e por último os métodos que acredito não funcionarem muito bem em relação à RPEI do atleta. A fadiga muscular é um fator limitante do

ALONGAMENTOS PRÉ TREINO

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                   Tenho visto por aí que alongamento muscular é frequentemente utilizado nas academias, nas práticas desportivas e também utilizados por atletas de alto rendimento, talvez com o objetivo de aumentar a flexibilidade muscular e amplitude articular, assim como diminuir o risco de lesões e melhorar o desempenho atlético.              Pois bem, é aí que se encontra um grande equívoco fisiológico. Conversei com o experiente educador físico Fabrício Kuwer sobre alongamentos e resolvi escrever este breve texto.                                Primeiro, os alongamentos estáticos consistem em alongar um músculo entre 30-45 segundos e estão enfocados quase que exclusivamente sobre os tecidos moles, músculos, tendões, ligamentos, fáscia e cápsula articular. Este tipo de alongamentos não requerem qualquer tipo de movimento da nossa parte para estabilizar o corpo, pelo que o único efeito que têm é aumentar a extensibilidade muscular e/ou a tolerância ao alongamento.

CONFIRA 10 DICAS PARA QUEM SOFRE COM A LESÃO NO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

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É muito comum ouvir nos noticiários esportivos que determinado jogador de futebol sofreu um rompimento no ligamento cruzado do joelho. Essa ruptura do LCA é uma lesão importante que acomete em grande parte os praticantes de esporte. Esse ligamento é responsável por estabilizar o joelho e impede movimentos excessivos. A lesão do ligamento cruzado anterior acontece em grande maioria quando o jogador de futebol está com o pé no chão e sofre uma entorse, ofertando uma tensão excessiva sobre este ligamento, que acaba se rompendo. Por este motivo, acaba sendo muito frequente no futebol devido esse constante movimento. Como essa estrutura não cicatriza, é muito comum que a maioria dos cirurgiões de joelho, tanto para os casos de lesão total quanto parcial em pacientes ativos e que tenham queixas de falseio, optem pela cirurgia de reconstrução para restabelecer a função. Confira algumas dicas para pessoas que sofreram com a lesão de LCA: 1. Qual o profissional responsável pe

REABILITAÇÃO COM AUXÍLIO DE VÍDEO GAME (GAMETERAPIA)

A clínica tem utilizado o sistema do Xbox Kinect, que oferece uma nova tecnologia baseada em um sensor de movimentos, que detecta o próprio corpo como ferramenta do jogo, permitindo que os pacientes se movimentem completamente sem o uso de controles manuais, apenas se posicionando em frente à tela. As sessões de fisioterapia deixam de ser monótonas e doloridas para serem prazeirosas, interessantes e ao mesmo tempo muito eficientes. Esta ferramenta já é utilizada nos grandes centros e nos melhores hospitais do país.

Dano celular e dor muscular de início tardio!

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A prática regular de atividade física, principalmente o exercício físico bem orientado é sem dúvida alguma um importante componente para manter a saúde, ou ainda, aditivamente no tratamento de diversas patologias, como algumas doenças cardiovasculares, metabólicas e ósteo-músculo-articulares. Porém, o início da prática de exercícios físicos pode vir acompanhado de dores musculares no dia seguinte, denominado de dor muscular de início tardio (DMIT, e em inglês Delayed Onset Muscle Soreness [DOMS]), esta tem início nas primeiras oito horas após a sessão da atividade física, atingindo o seu pico nas 24 ou 48 horas no grupo muscular treinado. A etiologia da DMIT ainda não está bem definida, porém existem diversos fatores relacionados ao surgimento dessa, como o dano celular muscular, a inflamação (i.e. aumento de PGE2, edema), o aumento do estresse oxidativo (radicais livres) e o espasmo muscular (i.e. isquemia e acúmulo de metabólitos). O surgimento da DMIT é mais frequen