A FISIOTERAPIA NO FUTEBOL

Por Guilherme Costa

A fisioterapia é a ciência que trabalha para prevenir e remediar distúrbios do movimento. A prática esportiva depende essencialmente do movimento. Só essas duas informações já são suficientes para mostrar a importância que essa área tem para qualquer modalidade de alto rendimento. E o futebol, é claro, não foge a essa regra.

Por ser uma modalidade de exigências múltiplas acerca do corpo, o futebol exige dos profissionais da fisioterapia um conhecimento amplo sobre o funcionamento das articulações e sobre outras ciências que fornecem suporte teórico para o desenvolvimento de técnicas fisioterapêuticas, sobretudo quanto à prevenção de lesões.



Em um panorama normal, a atuação do fisioterapeuta no futebol acontece a partir de exames para identificar possíveis problemas físicos em jogadores e para fornecer informações sobre esses fatores aos profissionais da comissão técnica. Além disso, essa área deve contribuir de forma incisiva para a concepção dos treinamentos, a fim de evitar atividades que sejam prejudiciais à saúde e ao rendimento dos jogadores.

Nesse momento, a atuação do fisioterapeuta acontece em conjunto com os membros da comissão técnica e os fisiologistas, fornecendo uma base de dados para a manutenção da saúde e o fortalecimento dos atletas (com iniciativas para evitar os problemas).

No entanto, a atuação mais comum da fisioterapia no futebol é quando esse equilíbrio das equipes é abalado. O processo de recuperação de qualquer lesão depende substancialmente da ação e do planejamento dos fisioterapeutas responsáveis pelo dia-a-dia das equipes. "O que o fisioterapeuta precisa pensar, de uma maneira bem clara, é que o jogador é um produto e o clube está perdendo dinheiro durante o tempo em que ele fica sem atuar. Portanto, qualquer iniciativa para recuperar os atletas representa uma economia para a equipe", ponderou Nilton Petrone, fisioterapeuta do Santos.



As lesões podem ser divididas entre as traumáticas (choques ou pancadas) e as não-traumáticas. Essa categoria compreende os problemas musculares e nas articulações, que têm três fontes principais: desgaste excessivo, falta de preparação adequada e fato estranho ao ambiente (movimento errado, buracos ou outra ação natural, por exemplo).
O diagnóstico da lesão é feito pelo médico. Então, de acordo com os resultados, a atuação do fisioterapeuta pode seguir dois caminhos. Se o distúrbio necessitar de uma intervenção cirúrgica, a fisioterapia deve ser colocada como parte da recuperação, sobretudo no período de readequação funcional. Caso contrário, a ação da fisioterapia começa logo depois de a lesão ser detectada.

Há diversas metodologias e formas de abordagem diferentes acerca da fisiologia. As diferentes correntes vão desde métodos mais tradicionais (exercícios de fortalecimento, alongamento e flexibilidade, por exemplo) até estratégias menos usuais (como a propriocepção, que consiste no ato de perturbar o equilíbrio do atleta a fim de que ele consiga se adaptar com mais velocidade a esse tipo de situação).

Entretanto, independentemente da perspectiva adotada, a ação da fisioterapia nas equipes de futebol deve ser guiada pelos preceitos da interdisciplinaridade. Seja para prevenir lesões ou para reduzir o tempo (e ampliar a qualidade) da recuperação, é fundamental que o fisioterapeuta trabalhe em sintonia com os outros profissionais para que os atletas tenham uma planificação global e complementar.

Bibliografia
UMEDA, Iracema Ioco. Manual de fisioterapia na reabilitação. Editora Manole, 2006.
DUTTON, Mark. Fisioterapia ortopédica. Editora Artmed, 2006.
DAVIS, Carol. Fisioterapia e reabilitação. Editora Guanabara Koogan, 2006.
GOULD, James. Fisioterapia na ortopedia e na medicina do esporte. Editora Manole, 2003.
MALONE. Fisioterapia em ortopedia e medicina no esporte. Editora Santos, 2000.

Fonte: http://universidadedofutebol.com.br/2007/08/1,733,A+FISIOTERAPIA+NO+FUTEBOL.aspx

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