A FISIOTERAPIA NOS ÁRBITROS

Atualmente, a presença de fisioterapeutas é extremamente comum nas comissões técnicas de equipes de futebol. O trabalho cotidiano dos jogadores é fundamentado por aspectos de prevenção e recuperação de lesões. No entanto, a amplitude da fisioterapia no ambiente esportivo não se limita aos atletas. No Rio de Janeiro, um grupo realiza um controle similar com os árbitros desde 2004.

"Começamos com árbitros do quadro amador aqui do Rio, mas outros árbitros perceberam a importância desse trabalho e nós montamos uma equipe multidisciplinar com profissionais de fisioterapia, educação física e nutrição para proporcionar instrumentos eficazes à preparação dos árbitros", contou Marcelo Luiz de Souza, especializado em fisioterapia desportiva.




A equipe criada para orientar a preparação dos árbitros no Rio de Janeiro dividiu-se em duas frentes: o acompanhamento durante os jogos e a preparação desses profissionais. Essa segunda fase engloba a prevenção e o tratamento de lesões, foco principal da fisioterapia.

"Realizamos treinos diários, voltados a melhorar o desempenho dos árbitros e prepará-los para as exigências físicas, como o teste de rendimento da CBF. Essa prova requer um condicionamento específico, dentro das qualidades que são necessárias para um bom aproveitamento. A base do nosso programa é constituída de treinos de potência, resistência aeróbica e anaeróbica, exercícios pliométricos, exercícios na areia, alongamentos e fortalecimento das cadeias musculares necessárias ao bom equilíbrio postural", esclareceu Marcelo.

Atualmente, 20 árbitros realizam o treino orientado pela comissão. No ano passado, os profissionais de preparação foram responsáveis pelos treinos do auxiliar Aristeu Leonardo Tavares antes de sua participação na Copa do Mundo, que aconteceu na Alemanha.

"Alguns treinos são realizados ao ar livre e quando há a necessidade de recuperação fisioterapêutica eles são encaminhados para a academia em que eu mantenho consultório de atendimento. Lá existem bons recursos para a recuperação física e funcional", disse o fisioterapeuta.

Marcelo explicou que as lesões mais comuns entre os árbitros são os problemas causados por excesso de esforço: "Nesse grupo, destaco as musculoesqueléticas: peritendinite e tendinose do tendão de Aquiles, fasceíte plantar, estiramentos musculares, contraturas musculares, lesões ligamentares e articulares".

Como a arbitragem no Brasil ainda não é profissional, o trabalho da comissão é procurado individualmente pelos juízes e auxiliares interessados em sua evolução ou na recuperação de lesões. Não há ligação direta com entidades organizacionais.

Fonte: http://www.universidadedofutebol.com.br/2007/08/1,1290,TRABALHO+DE+FISIOTERAPIA+TAMBEM+AJUDA+RENDIMENTO+DE+ARBITROS.aspx?p=3

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